quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A GUERRA DOS 6.000 ANOS E 6 DIAS

Há cerca de seis mil anos o Principe Egipcio Moisés,sobrinho do Faraó Ramsés I,por ter sido salvo das águas e adoptado pela irmã deste, foi educado para se transformar no Sumo Sacerdote enquanto seu primo era educado para se transformar no futuro Faraó,que reinou sob o nome de Ramsés II. Tal educação deu-lhe certamente acesso a todo o conhecimento da época,nomeadamente ás informações mais recentes trazidas pelas caravanas que vinham do Oriente.A rota normal destas implicava terem que atravessar as águas do Mar Vermelho que se lhes opunha no caminho,em manobras demoradas e dispendiosas,utilizando grandes barcas para atravessarem com os camelos e demais mercadorias.Mas naquela época algo mudára a norte daquela estreita porção de água que até então comunicava com o Mar Mediterraneo. Na época estival as águas que cobriam então a estreita faixa de terra do Istmo do Suez,( onde hoje está o Canal do mesmo nome),começaram a baixar e na baixa da maré deixavam a descoberto um fugaz caminho aberto através de bancos de areia que permitiam ás caravanas atravessarem a pé enxuto.
Certamente que foi esta informação que não podia ter passado despercebida àquele Principe do Egipto,hipotéticamente filho de judeus, que o levou a ver uma oportunidade para chefiar uma revolta de escravos de modo a poder conduzir uma posterior fuga daquela multidão de milhares de judeus,num Exudo
através da dita recente passagem pelas águas, em direcção á Península do Sínai.
Uma vez instalado no sopé do Monte Sínai,estando protegido da íra do Faraó pela interposição das águas do Mar Vermelho,e sob o mito do Milagreiro que separou as águas para deixar o seu povo passar,Moises iniciou de imediato a Organização Politica,Religiosa e Militar daquele amontuado de escravos andrajosos,totalmente enfraquecidos por 400 anos de cativeiro a fazerem trabalhos forçados para os Egipcios.
Subiu ao alto daquele Monte Sagrado,onde ardia permanentemente uma Sarça Ardente,provavelmente um residuo da origem vulcanica do mesmo, e reconhecendo Nela a existência do próprio Deus IHVH,ou Jeová de acordo com a prenuncia deste Tetagrama Sagrado que queria dizer "AQUELE CUJO NOME NÃO SE PODE PERNUNCIAR".
Descendo ao fim de um mês até ao seio do seu povo,trouxe consigo não só as Tabuas dos Dez Mandamentos,que ele mesmo escrevera com toda a sua sabedoria de futuro Sumo Sacerdote,como também a aurela da autoridade daquele que não só falara com o Divino como também vinha mandatado para falar em nome Deste,através da Arca da Aliança,local onde dai para a frente se fez sempre ouvir a voz do Senhor Elloín,de tal modo que mais parecia um rádio transmissor-receptor com que Moisés falava com o seu Deus.
Assim nasceu a Nação de Israel!...Seu Povo foi dividido nas 12 tribos de Israel e os seus chefes elevados á categoria de Patriarcas. Foram mantidos os costumes e tradições centenarias á muito impostas pelo Pai Abraão,ou Abrão, Patriarca de todos os povos nómadas do deserto do Médio Oriente,fossem eles Judeus,Árabes,Cananeus,Filisteus ou quaisquer outros "eus"que por ali andassem inclusive os hoje autodenominados"Palestinianos"...
Ao que parece de acordo com uma promessa Divina, Moisés depois de ter andado pelo deserto 40 anos afim de que desaparecesse toda a velha geração que estivera no cativeiro e fosse substituida por uma nova geração agerrida e treinada nas técnicas da guerra,chegou á Terra Prometida,ou seja ao vale do Rio Jordão,local onde se encontra instalado nos ultimos 60 anos o Estado de Israel. É óbvio que pelo caminho tiveram que enfrentar militarmente todos os Povos anteriormente referidos, que habitavam ou pastoriavam como nómadas por aquela região,que não passava de áridos desertos onde apenas cresciam pedras e cascaveis.
ASSIM COMEÇOU A GUERRA DOS 6.000 ANOS E 6 DIAS!!!!
-Qual a razão destes numeros? - Seis mil anos foi o tempo que levou de então até ao presente,em que não houve um único ano em que Judeus e Árabes não se guerreassem pela disputa do território. Seis dias foi o tempo que demorou Israel a vencer essa guerra.
Depois da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto nazi em que foram mortos seis milhões de Judeus nos campos de exterminio,com as suas camaras de gaz e fornos crematórios,em 1948 os Judeus sobreviventes liderados pelo fundador da nacionalidade Ben Gurian,rumaram para Israel,num autêntico novo Exudo,enfrentando o poderoso Império Britanico que então administrava aquele território,desembarcando novamente na Terra Prometida,em velhos barcos que mal conseguiam flutuar,ou por via terrestres vindos das estepes geladas da Rússsia,para onde a Díaspura os espalharam.
Mal a bandeira azul e branca com a estrela de David substituiu a bandeira Britanica,numa cerimonia protocolar em que a Inglaterra concedia aquela território ao novo Estado que agora nascia com o nome de Israel,reiniciou-se imediatamente a guerra já milenar Israel ou Árabe.Durante vinte anos as Nações Árabes vizinhas tentaram pela força das armas expulsar os Judeus daquela terra que consideravam sua por direito histórico.Até ali ninguem se interessara por ela e as pedras e cascaveis continuavam a reinar,interrompidas de vez em quando por um vago rebanho de caprinos conduzidos por um qualquer pastor árabe que se aventurara a procurar as escassas pastagens das margens do Jordão.
Depois da instalação do Estado de Israel a paisagem mudou radicalmente.Através da organização quase socialista de Kibutz,uma espécie de unidades colectivas de produção ( UCP),os agricultores Judeus utilizando o moderno processo de micro rega,em que a escassa água é distribuida gota a gota,transformaram aquele arido território num autêntico jardim do Eden,onde o verde impera,e as cidades modernas surgiram, ao ponto de hoje Israel ser o segundo maior exportador de laranjas do mundo.
Ás 7 horas da manhã de 5 de Junho de 1967,o poderosissimo exercito Israelita,ao ver-se atacado por quase todas as Nações Árabes,tais como o Egipto,Jordania,Síria,Iraque,Kuwait,Árabia Saudita,Argélia e Sudão,que pretendiam em nome dos Aliados Palestinianos riscar Israel do mapa, efectuou um raid aéreo relampago em que destruiu no solo todos os aviões que se encontravam em 9 aeroportos inimigos.Com a total supramacia aerea invadiram massissamente com os seus blindados,tanto os Monte Gollã a norte como a Peninsula do Sínai a sul, acabando por conquistar esta em toda a sua extenção.Sob o comando do General Moshe Dayan,guerreiro que mais parecia um pirata com a sua pala negra no olho,um batalhão aerotransportado foi lançado atras das linhas Egipcias,de modo a conquistar o Canal de Suez e consequentemente curtar definitivamente com a cadeia de abastecimento das tropas invasoras.
Sem água,gasolina ou qualquer outro tipo de abastecimento,os tanques Egipcios pararam,as suas tropas desertaram,e o deserto ficou pulverizado de botas que os soldados invasores abandonavam para melhor poderem correr na areia na sua fuga pelo deserto em direção a casa.
VITÓRIA TOTAL DOS ISRAELITAS! DERROTA DEFINITIVA DOS ÁRABES!
ASSIM ACABOU A GUERRA DOS 6.000 ANOS E 6 DIAS!
PS: Dai para a frente todos os conflitos que houve então não passaram de meras escaramuças,pois os Árabes já tinham sido derrotados á 40 anos atrás,e o exército de Israel ganhou o mito de invencibilidade.O conflito que acabou hoje,apesar dos 1300 mortos,das 20 000 casas danificadas das quais 4 000 completamente destruidas,não passou de uma dessas referidas escaramuças.

1 comentário:

  1. um resumo muito esclarecedor. obrigada por passar para os outros-nós- um pouco dos seus conhecimentos aprendidos e apreendidos por terem sido já seus-nossos contemporâneos. Pela Paz entre eles e no Mundo, cont. de boas aventuras

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