terça-feira, 24 de abril de 2012
ENTREVISTA AO JORNAL CORREIO DA LINHA
CRIADA FUNDAÇÃO PARA RESOLVER E AJUDAR A COMBATER AS DIFICULDADES— — CARLOS PAÇO d'ARCOS REATICA FUNDAÇÃO H.E.R.D.A.— Carlos Paço d'Arcos, figura controversa do concelho de Cascais,reactivou no mês de Abril a Fundacão H.E.R.D.A.— "Humanismo Ecletico Reflexão Dependentes Afectividade".Produtor de televisão, radialista e escritor, lançou o primeiro livro em 1987 e tem já 12 obras publicadas, entre as quis se destacam " Geração à Rasca" e "A droga é uma merda".Carlos Paço d'Arcos explicou ao jornal O Correio da Linha a importância de retomar os seminários da FUNDACÃO H.E.R.D.A. que pretende, nesta nova fase, prestar ajuda à classe media a braços com a crise económica.— COMO COMEÇOU A FUNDAÇÃO H.E.R.D.A.? —foi constituída há vinte anos por um númeroso grupo de voluntários que se dedicaram à discussão e interajuda face ao ciclo negativo que atravessamos.Originalmente, a Fundação chamava-se M.E.R.D.A. que significava Movimento Ecléctico Reflexão Dependentes Afectividade. No fundo, considerávamos que a origemdos problemas era a falta de afectividade.Este grupo acabou por ser liderado por mim e pelo José Lopes.O José, que nada tinha a ver com esta área, acabou por descobrir a sua verdadeira vocaçãoe hoje é, para mim e para muitos outros, um dos maiores mestres no reiki e na hipnoterapia.— TAMBEM ESTÁ LIGADO A ESSA ÁREA?—Eu sou mais racionalista. Tive um percurso muito disperso... Já fui hippie mas também já fui monge tibetano. Foi depois de ter estado no Tibete durante nove meses que deixei de lado o esoterismo e acabei por me tornar um racionalista. Tirei o curso de psicologia no ISPA e fiz o doutoramento na Universidade de São Paulo, no Brasil, para onde fugi no 25 de Abril de 1974, onde refiz a minha vida. Desde aí tenho tido um pé no Brasil e um pé na Europa.fui dono da Produtora NBP, tive restaurantes, tive um Instituto de marketing. Como psicoterapeuta, nunca cobrei um tostão pelo meu trabalho porque o faço em nome da Fundação H.E.R.D.A.—QUANDO É QUE OCORREU ESTA MUDANÇA DE NOME ? —Inicialmente a Fundação orientava-se para o apoio a dependentes de álcool e drogas. Compramos o horário da meia noite na rádio Super FM onde criamos um espaço que teve muitos seguidores................E E NO SEU ENTENDER COMO É QUE AS PESSOAS PODEM PROTEGE-SE ? — A resistência tem que ser individual porque as revoluções colectivas, já se viu que não funcionam. Porque os que lideram essas revoluções acabam por tornar-se depois os opressores. Por isso, cada um de nós vai encontrar formas de fazer a sua própria revolução...........NÃO TEM RECEIO QUE SE INSTALE O CAOS SE TODOS ADOPTARMOS ESSA POSTURA? —O Caos era o que existia antes da prdem que veio com o Big Bang.Muitas vezes a evolucão seguiu caminhos errados e, quando isso aconteceu, o Caos instalou-se de forma a criar uma nova ordem.E esta logica mantem-se na actualidade. A minha esperança é, precisamente que regresse o Caos e que, em cima desse Caos possamos comstruir o futuro.Desde que sejam mantidos certos valores e uma certa ordem publica, tudo é possivel. A partidocracia falhou, não funciona numa sociedade que assenta numa democracia representativa como a nossa. Os partidos são territorios de assalto para o poder dos menos aptos.Estão em total descredito. É preciso inventar uma nova democracia.E isso pode acontecer em Portugal e começar em movimentos como este. — O QUE É QUE CARACTERIZA O MOVIMENTO DA H.E.R.D.A.? — O lema da nossa Fundacão é ajudarmo-nos ajudando. Nos acreditamos verdadeiramente que quem dá com a mão direita e já leva a conta com a mão esquerda, não tem lugar aqui. Aqui nunca se cobrou nada, nem o café servido nas reuniões, nem os médicos, economistas, psiquiatras que já pertenceram á Fundacão cobraram um único cêntimo pela sua ajuda. Tudo aqui é feito de forma gratuita. Vamos ter seminários uma ou duas vezes por semana, aos sábados ás 15 horas, aqui na sede da Fundação e, pela nossa porta , entra quem quiser. Chegamos a um ponto em que, se as coisas continuarem como estão não há futuro, a não ser que cada um de nós faca a sua própria revolução em casa, arranjando autoemprego, pagando apenas o estreitamento necessário, não tirando da boca para alimentar os malandros, utilizando a inércia da justiça portuguesa a seu favor. É preciso salvar o que ainda há para salvar. O mote dos nossos seminários é precisamente " nem luxo nem lixo". Acredito que o mundo está a espera de alguém que tome esta iniciativa e tenho orgulho em assumir-me como o percursor de um movimento como este.
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